terça-feira, 1 de junho de 2010

E BH é bonita mesmo!





Meu anfitrião levou-me por lindos caminhos da cidade: o Mirante, o Parque Mangabeiras, a Praça da Liberdade, o Mercado Central, mais praças, mais avenidas lindas, a Pampulha. Visitei a igreja que havia visto há tanto tempo. Aliás, era uma das poucas coisas que me lembrava com clareza. A lagoa da Pampulha é majestosa e serve muito à população.  À volta tem muito Niemeyer (não sou fã, mas ali há coisas interessantes), Burle Marx (esse é gênio mesmo!), Portinari (igreja). Prédios interessantíssimos que, infelizmente, não estão tão conservados quanto deveriam, i.e., diferente de maior parte da cidade. Mesmo assim continuam lindos e contando muitas histórias.

Foi um passeio de dia todo. Como mencionei, não deu para entrar em museus, outras igrejas ou landmarks, mas deu para ter uma boa ideia.

Soube que BH tem metrô (nada abrangente), ônibus a R$ 3,20 (caro, né?) - os carros parecem em bom estado, mas, como em todas as cidades brasileiras, imagino, não é que poderia ou deveria ser.

Bem, o dia estava ótimo (sol, céu azul, calorzinho). Ficou tudo bonito!

Almoçamos no Xapuri (http://www.restaurantexapuri.com.br/), restaurante de comida mineira muito procurado. O local é bem afastado, lá para os lados da Pampulha, mas muito bonito. Achei a comida boa. Um pouco cara, mas como diz  uma amiga, a gente paga o conjunto. O atendimento foi muito bom, a caipirinha, os petiscos, estava tudo bastante bem. Como chegamos perto de 13h, deu uma hora de espera, mas nada que significasse grande sacrifício. Valeu ter conhecido.

Vale mencionar que na sexta, à noite, fomos a um dos vários botecos premiados da cidade. Comida de boteco é parte da natureza de BH.  E como as pessoas se reúnem pelas calçadas, em bares e restaurantes, e tudo isso dá uma cor diferente às ruas da cidade!

Espero poder voltar a BH um dia desses, com mais tempo para flanar e ver tudo que a cidade oferece.

Ah, sim, esqueci de dizer que viajei pela Azul (passagem mais barata, claaarooo).  Fomos por Viracopos, um aeroporto bem estruturado, com um movimento grande depois que a Azul passou a fazer seus voos por lá.  O transporte para lá é fornecido gratuitamente pela companhia aérea. Sai de vários pontos de SP (capital, Grande SP e interior), com ônibus excelentes.  A estrada de e para Viracopos é muito boa (usam a Bandeirantes, se  não me engano), e a viagem leva aproximadamente uma hora.  Parece que é longe, demorado, mas lembrem-se que de/para Cumbica, apesar de este aeroporto estar bem mais perto da capital, às vezes se leva hora, hora e meia ou até mais, dependendo do dia e horário.  Então, saem elas por elas, além de o caminho para Viracopos ser muito mais agradável.

Confins também é um aeroporto simpático. Bem aberto, arejado, grandinho e movimentado, também a aproximadamente uma hora de BH.  Dali saem alguns voos internacionais além dos nacionais.

Enfim, foi uma viagem ótima, em que vi coisas lindas e tive surpresas positivas o tempo todo.



http://picasaweb.google.com.br/miriamkeller/BH30052010#

Me belisca, por favor!





É assim que a gente se sente quando visita Inhotim (http://www.inhotim.org.br/).  Independentemente dos comentários controversos sobre seu  seu idealizador e proprietário,  a "criatura" compensa, seguramente,  em todos os aspectos.

No blog de minha viagem anterior (http://alemanhaholanda2010.blogspot.com/), há muitas fotos e comentários sobre lugares muito bonitos. O mais bonito, seguramente, em termos de parque, natureza organizada, obras de arte em espaço aberto, é o Keukenhof (Holanda). Realmente, uma maravilha.

Relato isso, para que tenham em mente que, ao visitar Inhotim, eu tinha uma referência bem recente, de dimensão e qualidade inegáveis.  E aí é que reside a grande surpresa: Inhotim é tão bom quanto o parque holandês, e melhor que outros que vi. E não é exagero, não! Obviamente são instalações diferentes de uma Natureza exuberante, mas com o mesmo cuidado, planejamento, respeito, manutenção.  Genial! esta é a única classificação cabível.

As fotos do link abaixo vão dar uma pálida ideia do que é tudo aquilo. Seguramente são necessários dois dias inteiros, sem descanso, para conhecer grande parte de Inhotim. Mesmo usando os vários (uma dezena aproximadamente) carrinhos elétricos que levam os visitantes sobretudo pelas áreas íngremes, no mínimo dois dias são necessários, mas o ideal seriam três a quatro dias, até para poder usufruir da beleza, sentar nos maravilhosos bancos espalhados pela área, olhar a Natureza com calma, respirar muito, ver e rever as inúmeras (e inúmeras é inúmeras mesmo!) obras de arte (a descoberto e nas quase duas dezenas de galerias existentes).  Inclusive, as galerias que abrigam várias obras de arte são por si edifícios arquitetonicamente lindos! Não é um puxadinho qualquer ou um galpão que é posto acima e abaixo sem mais essa nem aquela. São obras de arquitetura admiráveis!

Além de toda a arte à disposição dos frequentadores, e arte da melhor qualidade (montes de Cildo Meireles, Tunga, Hélio Oiticica, Amilcar de Castro e vários outros ), o paisagismo baseado num projeto ou colaboração inicial de Burle Marx (lá pela década de 80) é maravilhoso, lindíssimo, estonteante. A harmonia entre os elementos utilizados (pedras, madeiras, flores, plantas - muitas do cerrado, da Mata Atlântica, da caatinga, i.e., um mix riquíssimo) é impactante.  Tudo muito, muito bonito!

E deve-se fazer referência também a:
  • limpeza e manutenção impecáveis em toda a área
  • preparo e gentileza dos monitores (mão-de-obra local, aproveitada e desenvolvida por Inhotim)
  • muitos carrinhos elétricos (não-poluentes) para ser usados (paga-se uma taxa de R$ 10 para uso pelo dia) 
  • ótima qualidade do restaurante
  • vários cafés, lanchonetes espalhados pelo parque - todos bastante bons
  • lojinha com itens m a r a v i l h o s o s, e de ótimo preço
  • oferta de máquina para quem não tem a sua e posterior gravação das fotos/vídeos em cd para que o visitante leve uma recordação.
O espaço é usado para eventos, portanto não há grande ociosidade, apesar de ficar a aproximadamente uma hora de BH. Inclusive, no dia de minha visita (sábado - 29/5), haveria um jantar com um chef espanhol (estavam realizando uma série de jantares aos sábados, sempre com chefs espanhóis estrelados (Michelin)). Haveria transporte de BH para Inhotim, saindo de pontos de BH, para facilitar a vida dos participantes. Precinho camarada: quase R$ 400. Mas me deu a impressão de que valeria a pena.

Os planos,pelo que ouvi, são de construir uma pousada de uns 50 apartamentos ou chalés, dentro da área do parque, para que visitantes que queiram (eu, por exemplo, gostaria muito) possam se hospedar e passar alguns dias ali, sem a necessidade de irem/voltarem de/para BH ou mesmo Brumadinho. Há hotéis ou pousadas nas redondezas, mas com a pousada interna ficaria mais confortável e aprazível ainda, com certeza.

Enfim, um lugar de sonho mesmo, impressionante por estar no Brasil, por se equiparar a qualquer espaço de mesma natureza em qualquer lugar civilizado no planeta.

Só vendo, ou melhor, estando por lá para crer.



http://picasaweb.google.com.br/miriamkeller/Inhotim052010#

Belô é bonita demais!


Depois de 35 anos (acho que isso ou até um pouco mais), foi a vez de voltar a Belo Horizonte.

Fui lá com minha família, no meio de uma viagem que se estendeu até Brasília.  Meu pai sempre gostou de viajar, e planejava (muito bem, aliás) as viagens sem internet, GPS, e outro zilhões de coisas que temos hoje. Era só o  Guia 4 Rodas e mais nada.  Não tinha fax, telefone era ruim, a gente viajava sem reserva de hotel (só por carta, telegrama ou telex seria possível fazer reservas), e somente em raríssimas ocasiões tivemos problemas, aliás alguns bem folclóricos que rederam histórias e risadas. "Causos" mesmo.

Quando subimos até o Centro-oeste, passamos por outras cidades  mineiras: Ouro Preto, Mariana, Uberaba, Uberlândia, Caxambu, Governador Valadares, e mais algumas certamente de que não me lembro mais (http://www.voyagesphotosmanu.com/Complet/images/mapa_de_minas_gerais.gif).  Depois dessa viagem, nunca mais fui para a região. Na verdade, desde a infância, sempre fui a Poços de Caldas (sul de Minas). Uma cidade ótima! Fui lá há aproximadamente 15 anos pela última vez e só. Uma pena, porque gosto da terra, das pessoas, da comida, do artesanato.

Como a oportunidade se apresentou, lá fui eu para BH.  E foi uma surpresa muito boa!  BH é muito bonita. Só me lembrava do Rio Arrudas (lembrava um pouquinho) e de mais nada. A cidade obviamente cresceu, desenvolveu-se. Teve a sorte de ter bons administradores urbanos.  As avenidas são largas, retas, arborizadas, o que dá uma sensação de cidade de primeiro mundo. Em grande parte da cidade, predomina a limpeza (a gente que vive no lixão em que se transformou S.Paulo, pela falta de civilidade dos moradores e pela ineficiência do poder público, repara nisso de imediato).

A viagem foi um tanto corrida porque tem muita coisa para ver (não vi vários museus ou locais de exposição), a cidade é bem espalhada, e o sábado foi dedicado a Inhotim. Inho quêêêêê? Google, pls!  Não precisa, não!  Veja o próximo post.

Resumo da ópera: valeu muito ter voltado a BH e deu vontade de voltar com mais tempo para ver com calma a história e cultura da cidade.  

E muito obrigada ao Alexandre que me acolheu em sua casa (isso não tem preço, como sempre digo), com tapete vermelho e muito rapapé. Gostei demais e me senti muito honrada.